Diminui a extração de petróleo
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O Brasil tem condições de ser líder mundial na fase de transição energética
LUIZ GONZAGA BERTELLI •
A Universidade de Rice, em um recente trabalho publicado, prevê, além disso, o crescente consumo de combustíveis fósseis. Perante o desenvolvimento das energias limpas e renováveis: biomassa, eólica, solar e hidráulica, os especialistas têm suscitado dúvidas quanto ao futuro da matriz energética mundial, onde o petróleo predomina, com 31%.
A índia e a China, especialmente com uma população de 3 mil milhões de pessoas e um crescimento do PIB de cerca de 6% ao ano, irão liderar, nas próximas três décadas, o uso desses combustíveis fósseis.
Em paralelo, o Brasil desenvolve novas tecnologias de extração de petróleo em águas profundas do oceano. Além disso, compromete-se na obtenção do gás natural, a valores mais competitivos, com o objetivo de diminuir a importação da Bolívia.
Quanto ao preço da gasolina produzida pela Petrobras, que já atinge níveis recordes, o que permite ao consumidor final, o maior uso do etanol para abastecer o seu veículo, já que um litro de álcool custa 60% do preço do derivado do petróleo na média do Brasil. Em alguns postos de abastecimento, o etanol já representa metade do volume de vendas.
A Venezuela tem as maiores reservas do mundo, diminuiu sua produção na gestão de Nicolás Maduro para 2,5 milhões de barris por dia, nos dias atuais, está em cerca de 1,5 milhões. Quanto ao Irã, o terceiro maior produtor da OPEP, as vendas externas de petróleo diminuiu de mais de 800 mil barris diários, diante das divergências políticas com os estados UNIDOS. A Rússia, ao lado da Arábia Saudita lidera a OPEP, em primeiro e segundo lugar.
Quanto aos americanos do Norte, com a ajuda do petróleo de xisto, dobraram a sua extracção a 9,5 milhões b/d, ocupando o terceiro lugar na produção do universo.
Há economistas consagrados, que vaticinam a diminuição do crescimento da economia universal em 2019 e, desta forma, a menor aplicação do petróleo.
Desta forma, em consequência, a era do petróleo estaria agonizando, com o sensível retrocesso, a partir de 2040, o consumo mundial de petróleo e seus derivados, hoje em dia, cerca de 100 milhões de barris diários.
Daí, a recomendação no sentido da exploração de nossas jazidas, em regime de urgência. Se isso não ocorre, com maior celeridade, a riqueza do petróleo do Pré-sal pode estar enterrada no fundo do mar, com vista de prejuízos para a economia da Nação.
Recentemente, foram leiloadas quatro áreas do Pré-sal da Bacia de Campos, no Estado do Rio de janeiro.
Em relação aos países dependentes das importações de petróleo, a atual conjuntura de preços é preocupante. No final do mês passado, as cotações do petróleo de melhor qualidade (Brent) eram de US$ 80/barril. Os aumentos e baixas das características deste mercado, continuarão ocorrendo.
No longo prazo, a referida universidade dos Estados Unidos afiança que os valores do petróleo devem estar muito perto do nível atual.
O Brasil tem todas as condições, com o fim de ser um líder mundial na fase de transição energética, com 43% de sua energia proveniente de fontes limpas e renováveis, mesmo tendo em conta o Acordo climático de Paris, assinada no ano de 2015, para a redução de 37% das emissões de dióxido de carbono para o ano de 2025, e em 43%, até 2030.
Luiz Gonzaga Bertelli é o diretor da FIESP-CIESP e presidente da APH