A taxa de mortes por Aids teve uma queda de 16% a partir de 2014, um ano depois de o governo passar a distribuir medicamentos a todas as pessoas que descobriam estar infectadas pelo HIV, o vírus causador da doença. A partir de 2013, os medicamentos anti-retrovirais pode ter acesso às unidades de saúde dos terminou independentemente da quantidade de vírus que eles apresentem no corpo. O boletim epidemiológico publicado pelo Ministério da Saúde mostra que, em quatro anos, houve uma queda de 16,5% na taxa de mortalidade pela doença, passando de 5,7 por 100 mil habitantes em 2014, a cerca de 4,8 óbitos por 100 mil habitantes em 2017. A taxa de detecção de Aids também apresentou uma redução de 21,7 casos por 100 mil habitantes em 2012, 18,3 por 100 mil habitantes em 2017 –uma queda de 15,7%.
De acordo com o Ministério da Saúde, a garantia do tratamento para todos e a melhoria do diagnóstico contribuíram para a queda, além da ampliação do acesso ao teste e a redução do tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento. Desde a introdução do tratamento para todos, até setembro deste ano, 585 mil pessoas que vivem com HIV/Aids estavam em tratamento no país.
De 1980 a junho de 2018, foram identificados 926.742 casos de Aids no Brasil, um registro anual de 40 mil novos casos. O Ministério da Saúde lançou uma nova campanha, lembrando os 30 anos do Dia Mundial de Luta contra a Aids, celebrado em 1º de dezembro de 1988.
Novos casos
Os novos dados publicados pelo Ministério da Saúde mostram que 73% das novas infecções por HIV ocorrem entre o sexo masculino, sendo que 70% dos casos entre homens estão na faixa de 15 a 39 anos. O boletim também mostra que houve uma diminuição da transmissão vertical do HIV, quando o bebê se infectar durante a gravidez. A taxa de detecção de HIV em bebês caiu 43% entre 2007 e 2017 –passando de 3,5 casos para 2 por 100 mil habitantes. Para a pasta, esta queda entre os bebês se deve ao aumento dos testes na Rede Cegonha, que contribuiu para a identificação de novos casos em mulheres grávidas. SEUS distribuirá autoteste em 13 cidades, O Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira (27), que será distribuído de forma gratuita 400 mil unidades de seleção automática para a detecção de HIV, a partir de janeiro de 2019.
O foco da ação será populações-chave e pessoas em uso de medicamento de pré-exposição ao vírus. A verificação automática estará disponível nas cidades paulistas de São Paulo, Santos, Piracicaba, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto e São Bernardo do Campo, além de Rio de Janeiro, Curitiba, Florianópolis, Salvador, Porto Alegre, Belo Horizonte e Manaus. Essas cidades foram selecionadas para fazer parte de um projeto piloto, que posteriormente poderá ser estendida a todo o país. A verificação automática de HIV já é vendido nas farmácias privadas do país, mas os resultados não podem ser utilizados para o diagnóstico definitivo. Em caso de resultado positivo, o Ministério da Saúde indica que o usuário procure o serviço de saúde para exames complementares. As caixas de verificação automática de HIV distribuídos pelo SUS, haverá um número de telefone para tirar dúvidas e dar orientações aos usuários. Testes rápidos para a detecção do vírus podem ser realizados nas unidades de saúde de todo o país. Em 2018, foram distribuídos 12,5 milhões de unidades de provas, para ser feita em um dos postos.
Fonte: UOL